13 maio 2004

Parece que bebe...



Era assim que minha avó reagia quando alguém tinha uma atitude que unisse o surpreendente ao incompreensível.

"Você vai sair nessa chuva? Parece que bebe..."
"Vai chegar atrasado de novo? Parece que bebe..."
"Ele falou isso mesmo? Parece que bebe..."

Vendo a patuscada que o governo conseguiu armar em cima da fajutinha reportagem do NYT sobre as "bebedeiras" do Lula, lembrei da minha avó.

Eu hein, esse pessoal até parece que bebe...

Diz aí, Zeca! depois falam de ti...


Olha só o que comprei!



Interrompemos nossa programação normal para um informe em edição guitarrística extraordinária!!!

Cometi uma loucura e comprei um Roland JC-120, ou Jazz Chorus para os íntimos. É mais ou menos como uma Ferrari dos amplificadores. Um novo custa mais de 4.000 reais. Eu paguei beeeeem menos, claro.

Fiz o primeiro test-drive com o meu ontem (o teste antes de comprar
não conta, né?), depois de limpar e dedetizar o bicho (ele estava
guardado num galpão meio asqueroso em Campo Grande).

Percebi que ele estava mais sujo do que qualquer outra coisa.

Agora estou tentando recuperar o brilho do curvim (o revestimento
externo) e dar uma geral nele

Ah, sim, o SOM...

O Jazz chorus é o mais próximo que se pode chegar de um
som "celestial".

É claro e límpido como a água das montanhas, encorpado como um bom
vinho tinto e com aquele peso nos graves que dá personalidade ao seu
timbre.

ele tem dois canais, um limpo (que usei para voz) e um com efeitos.
cada um deles tem duas entradas (high e low), que imagino sejam para
alta e baixa impedância. Estou sem o manual. Atrás dele tem uma penca
de conexões de footswitches (3), loop de efeitos, saída pra mesa etc.

Tem tb uma chavinha para dar "brilho" em cada canal e os botões de
volume, agudos, médios e graves no primeiro canal e o segundo tem tb
distorção (liga-desliga e volume num só botão), rate e depth (da
modulção) e uma chavinha de 3 posições (Chorus - OFF - Vibrato).

Ele tem 2 falantes de 12 com a marca Roland e com os cones prateados
(que aparecem por detrás da grade) e que dão a "cara" do Jazz Chorus.

Testei com minha Tagima strato c/ sigles fender vintage noiseless (essa vermelhinha na coluna ao lado),
por horas e horas e horas, com diversos settings e estilos musicais,
indo do pop ao blues, do rock à MPB. E ele responde muito bem, dentro
das sua capacidades, claro.

Imagino que com humbuckings o som deva ser beeem diferente, o mesmo
vale para semi-acústicas, que devem reinar nesse amplificador.

O que me impressionou mais foi que, tocando Eric Clapton, soava como
Eric clapton. Tocando Robert Cray, soava como Robert Cray. Tocando
Pink Floyd soava como Pink Floyd... claro, esse é um amp
profissional, usado em gravações e shows por meio-mundo. O som que
ouço nos discos (guardadas as devidas proporções) se aproxima muito
do que sai desse amp.

Claro que eu nunca tinha tocado num amp dessa qualidade.

Mas... tem sempre um mas...

Esse amp não é para rock pesado. Por mais que se aumente o volume e a
distorção o bicho não distorce NADA (claro! Ele é feito pra não
distorcer!!!!)

Os pedais entram aí, claro.

O Chorus é fixo, não dá pra modificar os settings (novamente pedais,
please!)

O Vibrato (que altera o pitch e não o volume) é na verdade uma
variação da modulação do chorus, e é regulável. Na minha opinião é o
melhor efeito do amp. Dá uma maciez e um "ondular" sussurrante às
notas. Encantador e doce.

A distorção dá uma leve saturação e peso nas notas e acordes,
chegando perto de um overdrive bem suave quando tá no talo.

Ah, o Reverb. Esse é muito bom tb. E o melhor, não é daqueles reverbs
escandalosos. É bem "na dele", está lá mas não aparece.

Olha, se você procura som limpo ou não precisa que o amp resolva os
efeitos (usa pedais) e se aparecer um louco vendendo baratinho,
compra, compra logo!

vou botar fotos dele por aqui em breve.

06 maio 2004

Juro que Vi o Curupira Premiado!





O Curupira, o primeiro episódio da série Juro Que Vi, produzido pela Multirio com a colaboração de crianças de uma escola municipal do Rio de Janeiro ganhou dois prêmios no Festival de Cinema do Recife, um dos mais importantes e populares do Brasil.

Concorrendo na categoria de Animação, o Curupira levou para casa os prêmios de Melhor Filme e Melhor Direção (Humberto Avellar).

Como faço parte do núcleo de desenvolvimento do projeto e atuo também como consultor e roteirista da série, estou muito orgulhoso com o resultado.

Além disso, outro programa do qual participo, o Expedições Cariocas recebeu Menção Honrosa em Educação Ambiental no 3 º EcoCine - Festival Nacional de Cinema e Vídeo Ambiental, realizado em São Sebastião, SP. Olha a marquinha do festival aí embaixo:



Maravilha!

Ah, eu queria agradecer ao meu produtor, ao meu agente, à moça do cafezinho, ao tiozinho do elevador...