29 agosto 2003

Em busca dos Permalinks
Quando o Cris Dias comentou que meu blog não tem permalinks, eu primeiro pensei que fosse algo místico, como os Palantir, as pedras de ver do Tolkien.
Depois percebi que se trata de uma "âncora" para cada post do blog, para que neguinho de outras paragens possa linkar as coisas para cada post individualmente e não para o blog pura e simplesmente (imagina encontrar AQUELE post que vc procura no meio de um blog digamos mais prolixo...)
Pois é... enquanto não descubro como botar a budega dos permalinks aqui no PBE declaro aberta a temporada de caça aos permalinks.
Quem puder colaborar com o humilde aqui faz favor de iluminar a questão e explicar como coloco o blog nos trilhos da modernidade.
'grad'çido...
Tatu caminha dentro...
A "lesbianidade" está cada vez mais na moda. Depois dos beijos homossexuais ensaiadíssimos das moçoilas do Tatu (alguém acredita nelas?) e do beijo da Sonia Braga no Junior da Sandy (que alguns maldosamente dizem que foi outro beijo homossexual) tivemos agora os beijos ardentes da Madonna na ex-virgem Britney e na eterna vagaba Aguillera (que não por acaso rima com pistollera). Foi tudo durante o VMA, que a MTV daqui vai passar depois, quem sabe, quando der uma folga entre os "engraçadíssimos" Rock Gol (tá certo, eu não tenho "envergadura moral" pra falar mal deles, ok!)...
As fotos das beijocas (bem à francesa, diga-se de passagem) estão por aí aos montes. É só procurar, pombas.
VMA... Veremos Muito Atrasados!

Ontem à noite, a êmetêvê (como diz Caê) fazia um "aquecimento" para o VMA, mostrando trechos (porque não as versões integrais???) das 10 mais antológicas apresentações de artistas nos VMA (Video Music Awards). Qual não foi a minha surpresa hoje de manhã ao perceber que o tal VMA foi realizado....ONTEM!!!!!
Então eles estavam fazendo um "aquecimento" para depois nos darem uma versão "requentada" dos VMA ?????
Porque não transmitiram direto???
Ou transmitiram e esqueceram de anunciar durante a programação de ontem?????
Cada coisa....

27 agosto 2003

Deep Purple é do Casseta!!!

Nota da Patricia Kogut, do O Globo:

Banda que existe desde 1968, o Deep Purple vem ao Brasil em setembro. Os roqueiros fizeram um único e surpreendente pedido: gravar uma participação no “Casseta & planeta”. A gravadora, a Virgin, entrou em contato com a produção do programa e os humoristas já estão criando um quadro em que Fucker e Sucker serão guarda-costas dos músicos.

E pelo que diz o site dos caras eles tocam no ATL Hall no dia 16 de setembro. Sim, porque no site do ATL Hall não tem nada...
VMB - Vários Micos Brasil - 2003
Eu confesso: sou viciado em premiação. Vejo Grammy, Oscar, Globo de Ouro, Emmy, Multishow e só não vi o Tim porque premiação na Globo é que nem compacto de futebol. Só vemos "melhores momentos". Mas eu assisto a premiação justamente para ver os "piores momentos"...

Não tem nada melhor que ver ao vivo o discurso do Michael Moore, a surtada da Hale Berry e a cara dos indicados que não ganharam nada, tentando manter a fleugma diante da vontade de xingar todo mundo.

Pelo fato de ser ao vivo, entrega de prêmio é sempre como uma final de campeonato: imprevisí­vel.

Tudo pode acontecer: a piada pode não funcionar, o astro pode tropeçar no tapete e consequentemente, num ambiente tão propí­cio, os micos pululam.

Confesso que também acho uma delícia ver como a produção, os roteiristas e o apresentador se esforçam para controlar o absolutamente incontrolável. É uma luta tensa e inglória tentar controlar o tempo entre uma atração e outra, compensar um ou outro exagero nos agradecimentos dos premiados, ir e voltar dos breaks comerciais, lidar com a famosa ausência dos premiados ("fulano não pode vir mas manda um abraço!") e acima de tudo gosto de ver os artistas se apresentando ao vivo. Sou do tempo do "Perdidos na Noite" e adepto do "quem sabe faz ao vivo!".

Por tudo isso e muito mais (o episódio de Angel estava uma droga...), lá estava eu ontem para ver o VMB, a premiação da MTV brasileira aos "melhores" do videoclipe e da "música" "brasileira".

Olha, a coisa estava tão micosa, tão cheia de escorregadas (não físicas, infelizmente...) que chegou uma hora que eu fiquei tão constrangido, mas tão constrangido que fui dormir (claro que um "show" do Charlie Brown Jr. "acústico" ajudou muito...).

Meus "melhores" momentos:

- DJ Patife (DJ agora é músico, né? Vai entender...) com um discurso interminável em que nos brindou até com a revelação que estava faltando sua aula de Pro-Tools pra estar ali... "Isn't that special?"

- Marina (a cantora muda), Daniela Mercury e Paula Toller fazendo comercial dos próprios Cds (e precisam disso?) e Daniela desatando a falar em inglês (?!!!!). Eu hein?

- Marcelo D2, lascando um beijo na constrangidíssima Débora Falabella, que ficou com cara de "quequieutôfazendoaquimeudeusdocéu......"

- Os caras do Detonautas tendo que lidar com a modelo que botaram pra apresentar o prêmio com eles, que lascou duas vezes: "estamos muito feliz..." e depois travou no meio do texto...

- Christian e Ralf lidando com sua "sem-gracice" caipira e inadequação diante do público jovem e roqueiro. Chistian chegou a rebolar imitando o Rouge enquanto Ralf, constrangido dizia: "eu não acredito que vc está fazendo isso. Eu falei pra vc não fazer..." Se a dupla não tivesse acabado, acabava ALI!

Mas não se preocupe se vc não viu. A MTV vai reprisar essa coisa até o próximo VMB.

Vou ver se pego uma das muitas reprises para ver o que eu perdi, especialmente o show do Frejat e rever o Nando Reis (banda boa a do rapaz!!!).

25 agosto 2003

Mais SRV...

Duas historinhas do Stevie Ray Vaughan, contadas por Michael Ventura, no encarte do primeiro disco do astro do blues, morto em 1990 num trágico acidente de helicóptero.

A mulher de Stevie, Lenny (para quem ele compôs uma de suas mais belas músicas) me disse uma vez que foi acordada certa noite pelo marido tocando uma guitarra imaginária enquanto dormia. Suas mãos se moviam rápidas e o rosto fazia as caretas que ele fazia no palco. "Stevie não largava sua guitarra nem nos sonhos", disse ela.

E certa vez, Stevie me disse que sonhara que Jimi Hendrix (uma de suas maiores influências) tinha lhe ensinado umas progressões e acordes secretos. Depois, Stevie disse que acordara e não conseguia se lembrar das "lições". "Não tem jeito fácil, cara", ele disse. "Você tem que aprender as partes difíceis sozinho..."
Ofertão!!!

Acabo de encontrar na Fnac da Barra uma caixa com 3 CDs do Stevie Ray Vaughan por R$ 45,20 (cerca de 15 pratas por cada CD!!!). Vem com os seguintes albuns: Texas Flood, Couldn't Stand the Weather e o Soul to Soul. Cada CD ainda tem algumas faixas de bônus e umas faixas de entrevistas com o Stevie Ray, onde ele fala entre outras coisas, da influência de Jimi Hendrix no seu estilo de tocar.
Virtualmente imperdível!!!!!!

22 agosto 2003

Novo brinquedinho...

Maneeeeeeiro!!!!
Fotologs hilários...
Este aqui e este outro vão pras listas de links aí do lado.
Tô rindo até agora.....
O tesouro de mil mundos...

Eu vi atrasado o Planeta do Tesouro em DVD.
Já viu? Recomendo. O DVD tá recheado de "tesouros escondidos" nos extras, que valem cada centavo...
Bom, eu adorei, apesar do filme ter sido um fracasso :((((
Sou fã da Ilha do Tesouro, que li qdo moleque e o filme me trouxe boas recordações literárias...
Esta é uma história pela qual tenho muito "carinho" até hoje.
Aliás, a gente muitas vezes não percebe o quanto o "sentimento" é importante para formar leitor.
Ninguém se torna leitor RACIONALMENTE, mas todos os leitores foram SEDUZIDOS pela leitura.
Ninguém lê pra ficar mais inteligente, mas lê porque é um prazer, uma paixão arrebatadora.
Acho que o dia que o pessoal que faz campanha de leitura entender isso, talvez o quadro mude.....



18 agosto 2003

Paul Walker viaja no tempo em ''Timeline'', filme do mesmo diretor de ''Superman - O Filme''do epipoca

Já está no ar o trailer de ''Timeline'', novo filme da Paramount que esconde uma equipe de peso por trás das câmeras.
Do mesmo autor de ''Jurassic Park'', Michael Crichton, o longa é dirigido por Richard Donner, responsável por nada menos que a série ''Máquina Mortífera'', o clássico ''Superman - O Filme'' e outras referências fantásticas como ''Os Goonies''.

O elenco traz Paul Walker, de ''Velozes e Furiosos'', viajando no tempo com uma equipe de colegas para resgatar o Professor Edward Johnson, que acabou preso no ano de 1357, em meio a uma guerra medieval. Para piorar, eles só terão seis horas para cumprir sua missão, senão virarão personagens do passado, para sempre.

Com cenas de guerra à moda antiga, perseguições e explosões, as imagens são de tirar o fôlego.


Olha, se é do Richard Donner eu dou um crédito de confiança, se bem que o cara "cometeu" o Assassinos (Stallone/Banderas)......

Idi Amin Dada
Caraca... o Idi Amin morreu...
Esse cara era um ícone da minha infância, com todas aquelas histórias das atrocidades (que incluiam até mesmo antropofagia) que ele cometeu em Uganda.
Que Saddam que nada. Idi Amin é que era um vilão de primeira...
shhh...shhh...shhh...ahhh...ahhh...ahhh

A primeira vez que eu vi o Jason (Friday the 13th - part 2) foi na casa de uma amiga da escola, com a galera comendo pipoca e tocando a maior zona. Na época, o ápice dos efeitos especiais era o clip Thriller do Michael Jackson...
Mas este fim de semana, como nos filmes, quando todo mundo achava que o Jason estava morto, o cara consegue se unir ao Freddy Krueger e juntos eles arrasam na bilheteria.
Botaram o Samuel L. Jackson e o Colin Farell pra correr...

O Wes Craven é qualquer coisa...

Asterix animadinho

O Uderzo (metade da dupla Gosciny/Uderzo, que criou o herói gaulês) vetou a produção de "Asterix na Hispânia", dizendo-se decepcionado com o resultado dos filmes, especialmente o segundo (Missão Cleópatra).
Eu não sei... confesso que achei o Asterix dos filmes meio boiolinha e histérico demais, apesar do Obelix (Gerard Dupardieu) estar perfeito e no geral o filme ser bem fiel às HQs.
Mas como o Uderzo disse que ao invés do terceiro filme vai rolar mesmo é uma nova produção em desenho animado, com orçamento de 25 milhões de dólares e adaptando o álbum Asterix entre os Vikings, eu dou o maior apoio!!!
Justiça, afinal...
Tudo indica que minha pendenga judicial com a Philips por causa do DVD com defeito está perto do fim.
Consultei hoje o TJ e parece que o recurso proposto pela Philips contra a decisão da juí­za de 1a instância (a meu favor) não foi acatado pelos juí­zes da Turma Recursal.
Agora, pelo jeito é só esperar mais um pouquinho para a decisão transitar em julgado e torcer para que esse pesadelo que começou há QUASE UM ANO finalmente acabe. E da melhor forma possível, ou seja, com a empresa multinacional tendo que desembolsar uma graninha para pagar pelas cagadas que fez com seu cliente.
Sei que não vai servir de nada, porque meu cunhado teve o mesmo problema com o DVD e acabou aceitando a proposta indecorosa da Philips. Ou seja, eles continuam agindo da mesma forma pois sabem que mesmo tendo a opção de recorrer ao Juizado de Pequenas Causas, somente uma minúscula minoria de consumidores vai ter a paciência (e a teimosia, por que não?) de esperar UM ANO para ter seu problema resolvido.
Não sabe do que estou falando? Então veja um resumo da ópera
Coloque a expressão DVD na caixa de buscas e leia o meu relato intitulado "DVD Philips quebra um mês depois da garantia acabar..."
E que pelo menos a minha história sirva de alerta...

15 agosto 2003

Blues em Baixa
Foi o Andre, do BluesBlog quem cantou a bola, citando uma entrevista do Buddy Guy.
"O Blues está morrendo!"
Apesar de ser um gênero popular e de muitos admiradores, o blues não encontra mais espaço na mídia, nas gravadoras. Tanto aqui quanto aparentemente lá fora tb.
Aqui no Brasil a cena do blues, mesmo no undergroud vai bem. Artistas como Baseado em Blues, Big Gilson, Big Joe Manfra, Fernando Noronha e os eternos guerreiros do Blues etílicos tem segurando a onda, mantendo a chama viva.
Mas lá fora a coisa definha, como se queixou o Buddy Guy.
Na minha opinião, falta uma renovação no blues, como aconteceu nos anos 60 com Eric Clapton (e cia.), Jimi Hendrix e mais tarde novamente com Steve Ray Vaughan.
Hoje o blues carece de uma linguagem e roupagem mais atual, que o recoloque na MTV, nas rádios, no gosto da juventude.
Quem sabe o Eric Clapton não dá uma de Santana e faz um Supernatural Blues gravando uma música com o Rob Thomas e estourando nas paradas?
Na verdade, o blues precisava de mais experimentação, de mais mistura, de artistas que levassem o blues para outras fronteiras, incorporando rap, jazz, psicoldelismo ou musica eletrônica.
Tá faltando sacudir a poeira dos anos...
Tadinha da Aki...
Deve ter ficado morrendo de medo ontem em NY.
Eu só tenho uma pergunta: "onde vc estava quando as luzes se apagaram????"
Espero que esteja tudo bem ...

14 agosto 2003

Flash Mob in Rio!
Se vc gosta de pagar mico a qualquer hora, em qualquer lugar, quando menos se espera.
Essa é pra você!!

Se não sabe do que estou falando, veja...

13 agosto 2003

Entrevista com DENNIS HAYSBERT
(o Presidente David Palmer, de 24 horas)

O GLOBO: Se você fosse presidente, seria como David Palmer?

HAYSBERT: Sim. Ele é político que todos gostariam de ver no comando. Está preocupado com o que as pessoas querem e toma decisões difíceis em função delas.

Que político o inspira?

HAYSBERT: Eu me inspirei em Jimmy Carter, Colin Powell e Bill Clinton. Em termos de carisma e de integridade.

Como Palmer lidaria com a situação pós 11 de setembro?

HAYSBERT: É uma pergunta perigosa. Prefiro não responder. Sou um ator e quero continuar trabalhando.

Os Estados Unidos estão perto de ter um presidente negro?

HAYSBERT: A última coisa que deveria ocupar nossas mentes é a cor da pele. É muito mais importante o que um presidente pode fazer pelo seu país.


(retirado do blog do Maron e do O Globo)

Eu já tenho implicância com o 24 horas depois dessa 2a temporada.
Ainda por cima vem o Dennis Haysbert e me diz que prefere não comentar sobre o 911 porque quer continuar trabalhando... quequié é isso meu Deus?????
Estamos realmente diante de um novo tipo de fascismo em ascensão?

12 agosto 2003

72 Horas

O seriado 24 Horas vai ganhar uma terceira temporada, claro.

Se quiser alguns spoilers tá aqui!

Eu adorei a primeira temporada mas não consegui engolir a segunda. O show assumiu um tom politicamente muito esquisito pro meu gosto.

Claro que o seriado está sendo criticado. Se na primeira temporada o 24 horas aproveitava a onda de medo e paranóia americana para criar um thriller fantástico e inovador em formato, na segunda passou a ser meio chapa-branca, contemporizando e indiretamente justificando as ações do governo dos EEUU pelo mundo afora.

E olha só o que o produtor falou sobre o Jack Bauer:

"Jack is a deeply moral individualist who inflicts his own personal sense of what's right, which hopefully coincides with our sense of what's right and what we hope we would do, faced with certain extreme situations."

Traduzindo:
"Jack faz justiça com as próprias mãos, preocupando-se apenas com seus próprios conceitos de certo e errado."

Ou seja: dane-se se a ONU e o mundo inteiro condenam a invasão do Iraque. Jack vai lá e invade mesmo.
Dane-se se não temos prova nenhuma de que existam armas de destruição em massa na jogada. Jack vai lá e mata quem tiver que matar e pronto...

Sem dúvida, um herói sob medida para a Era Bushinho.....

11 agosto 2003

TOP 10

As minhas dez melhores razões para ter um filho:

10 - Durante uns 10 anos ter a desculpa perfeita para ver os desenhos da Disney no cinema
9 - De graça, virar o grande herói da vida de alguém
8 - Andar com o bebê no canguru ou mais tarde com o moleque nos ombros é maneiro!
7 - Provar papinha, mingau e sopinha "só pra ver se está muito quente..."
6 - Poder dizer: "como logo essa comida! Tem muita gente passando fome no mundo..."
5 - Ver na prática o seu DNA atuando e se perpetuando nos seus filhos
4 - Ter alguém para quem contar todas as histórias, lendas e piadas pela primeira vez.
3 - Brincar de forte apache, autorama e jogar nintendo e POR CAUSA DISSO ser um pai legal!
2 - Comprar todos os action figures de Star Wars
1 - Poucas coisas são mais gostosas de se fazer do que um filho

08 agosto 2003

Cartão internacional ? Pra QUÊ ??????
Tem coisas que...
Hoje tentei feito um doido fazer uma comprinha num site dos EEUU usando o cartão de crédito da minha irmã.
Sim, porque eu não tenho cartão internacional
Afinal, a Maya não é louca e a Amazon já tem dinheiro demais...
Mas o incrível é que NENHUM, repito NENHUM dos sites aceitava um cartão que não fosse dos EEUU.
Será que eles tem medo que eu seja o Osama?
Ok, eu entendo que rola bastante fraude na internet, que tem muita gente que rouba cartão de crédito, mas isso me parece semelhante à estratégia de amputar um pé para se livrar da unha encravada...
Sei lá, me parece estranho.
Ficou com cara de coisa de armazém de português.
Nada contra os patrícios, viu?

Santo cruzado embuçado...
Três palavras pra vocês:
BATMAN
DEAD
END

Vejam e me digam o que acharam...
Ah, e depois o que dizer de Mr. Burton e Mme Schumacher?

07 agosto 2003

Procura-se um Vilão...
O Brasil perdeu ontem o jornalista Roberto Marinho.
Figura polêmica sobre quem se contava as piores e as melhores histórias, o "dono da Globo" era acima de tudo alguém que, mesmo sem aparecer muito, jamais conseguia ser ignorado.
A história recente (ok, não tão recente assim, vai...) do Brasil deve muito ao jornalista Roberto Marinho. A Globo sempre foi acusada de atuar acima de tudo (e de todos) como porta-voz do regime (qquer que fosse o regime). Na época da ditadura militar, mais tarde durante a "abertura", nos governos Sarney, Collor, FHC e agora no governo Lula-lá, o jornalismo da Globo sempre teve aquele jeitão de órgão de imprensa oficial.
Roberto Marinho era um playboy, jovem que andava em más-companhias e gostava de velocidade e esportes. Mas o pai morreu deixando-lhe um jornal para dirigir.
De um jornaleco diário meia-boca (como era O Globo em sua origem), o rapaz erigiu um império da mídia com a importância e o poder dos grandes conglomerados americanos e europeus (Warner, Fox, BBC...) Um feito impressionante mas uma história repleta de pontos nebulosos, polêmicos, condenãveis até.
Dizem que a Globo vai mal das pernas, que a TV a cabo vai acabar acabando com a Globo (perdoem o "eco").
De repente, daqui a alguns anos, o jornalista Roberto Marinho vai ser apenas um nome no passado, como o Chatô ou o Samuel Wainer.
Aí, quem sabe, alguém resolve fazer um livro contando as verdadeiras histórias por trás do personagem boa-praça que ele interpretava.
É muito estranho imaginar o Brasil sem o vilão preferido de 10 entre 10 pessoas "mais esclarecidas" do país. A quem vão culpar agora? Quem vai ser a partir de hoje a mão invisível a puxar as cordas dos titeres do poder? Seus filhos??? Difícil acreditar.
O Brasil precisa de um novo vilão, urgente!!!!!

06 agosto 2003

Do Elio Gaspari

Blustein, um remédio para o dólar a R$ 3

Alguém podia fazer um favor a Lula: deixar sobre sua mesa uma cópia do artigo publicado pelo jornalista Paul Blustein no “The Washington Post” de domingo. Chama-se “A Argentina não caiu sozinha. Wall Street empurrou-lhe a dívida até o último instante”. É uma visita ao serviço de uma ekipekonômica que dissolveu um governo, arruinou um país de 38 milhões de habitantes, produziu um calote de US$ 141 bilhões e desempregou um em cada cinco argentinos ativos. A desgraça argentina é irmã de fraudes como a da Enron ou da WorldCom.

Blustein é um craque. Ele escreveu “Vexame”, livro publicado no Brasil no ano passado. Tratou das malfeitorias do FMI nas crises de 1998 e 1999 no Brasil, na Coréia e na Indonésia. Um livraço. Antecipou em dois anos, com riqueza de detalhes, o relatório de pesquisadores independentes que o FMI divulgou há duas semanas.

A extensa reportagem de Blustein sustenta que a Argentina foi levada ao colapso por banqueiros interessados em ganhar dinheiro, disfarçando-se de profetas da ciência da globalização. Tudo se resumia a uma fantasia: um peso valia um dólar.

A economia dolarizada produziu progresso e dívidas. A corretora Goldman Sachs (inventora do Lulômetro para medir o impacto de Lula sobre o dólar, queridinha da ekipekonômica tucana) chamava a experiência de “um bravo mundo novo”. Depois da crise asiática de 1998, o banco Dresdner Kleinwort Benson (quindim da privataria) disse que a Argentina passara pela tempestade “com grande garbo, pois seus fundamentos estão mais fortes do que há três anos”.

Enquanto esses oráculos eram festejados, a economista Tereza Ter-Minassian, do FMI, avisava, em público, que a Argentina estava em cima de uma bomba. A banca e as ekipekonômicas, sempre respeitosas com o Fundo quando ele fala em matar os feridos, não lhe deram ouvidos.

Pior: patrulharam o economista Desmond Lachman, estrategista-chefe da área de mercados emergentes da Salomon Smith Barney. Ele dizia que o peso e a Argentina iriam à breca. Como a empresa onde ele trabalhava pertencia ao Citigroup, o governo deu uma prensa no banco. Os artigos de Lachman nunca foram publicados nos relatórios analíticos da corretora.

(Alô, alô, Brasil. Em maio passado Lachman disse o seguinte a respeito de Pindorama: “O Banco Central deveria reduzir os juros mesmo que isso levasse a um real mais fraco. O ponto vital, que vai recolocar o Brasil de volta nos trilhos, é o crescimento.”)

Gente como Lachman tende a não ser ouvida. Christian Stracke, que analisava a economia latino-americana para o Deutsche Bank, explica por quê: “As pessoas estão nesse negócio por dinheiro. Se eles estivessem a fim de sabedoria, seriam professores.”

O nome desse dinheiro é bônus. Esses estrategistas ganhavam entre US$ 350 mil e US$ 900 mil por ano. Seus chefes não custavam menos de US$ 1 bilhão. Blustein estima que entre 1991 e 2001 a banca faturou US$ 1 bilhão à custa da Argentina em comissões e penduricalhos do gênero.

Quando o país estava às portas do calote, o banqueiro David Mulford, do Credit Suisse First Boston, concebeu um plano de alongamento da dívida. Nesse lance a banca faturou algo como US$ 100 milhões em pagamento de serviços.

Nos anos 70, Mulford estava na Merrill Lynch corretando petrodólares sauditas para o Terceiro Mundo. Saiu do deserto com o apelido de “Lawrence do dinheiro”. No final dos anos 80, como subsecretário do Tesouro americano, foi o arquiteto do Plano Brady. Negociou a reestruturação da dívida que ajudou a construir. Nos 90 esteve na privataria, armando a compra da estatal petrolífera argentina.

Blustein ensina: esse pessoal arruína um país com a calma de quem joga fora um jornal lido. Aos 66 anos, com seus ternos cortados em Londres, Mulford já participou de três crises financeiras do Terceiro Mundo.


Não preciso dizer nada, né?

05 agosto 2003

Guitarra Zen
"zen guitar is nothing more than playing the song we're all born with inside -- the one that makes us human"-- Pilhip Toshio Sudo

Já vi muito jeito diferente de ensinar/aprender a tocar guitarra. Mas nunca tinha encarado a guitarra como um DO, como um caminho, uma longa estrada de aprendizado e crescimento.

Foi só depois de esbarrar neste site que caiu a ficha.

Na verdade, é tudo uma questão de perpectiva, da SUA perspectiva. Se você encara o intrumento (e o aprendizado dele) como um fim em si mesmo, é sempre muito frustrante a cada novo obstáculo.

Mas se você se dedica à guitarra como um meio de se conhecer melhor, de conhecer e superar os seus limites, de controlar e desenvolver seu corpo (dedos, voz etc) e até sua "alma" (encontrar que tipo de música te "toca") aí tudo fica muito mais rico e interessante e passar horas e horas malhando em escalas monótonas torna-se até atraente.

Outra coisa que me comoveu foi a história do criador do site (e do livro).

Philip estava trabalhando na sequencia do livro Zen Guitar quando descobriu que estava muito doente e morreu antes de terminar o livro. O guitarrista Tobias Hurwitz que tinha lido o livro e conhecera Philip através da internet estava colaborando no projeto e decidiu levar adiante o trabalho como forma de homenagear seu amigo e a filosofia "zen guitar". No site do Tobias tem bastante informação sobre seu trabalho, sobre o zen guitar e algumas lições e exercícios.

Se vc quiser ouvir o próprio Tobias falando sobre o projeto e tocando algumas músicas, vá em frente. Se gostar, continue a ouvir aqui e aqui

Se você toca, faça uma visita. Se quiser, compre o livro.

04 agosto 2003

Ouça Isto!!!
Esta é minha música preferida do grande Stevie Ray Vaughan. E esta versão (supostamente gravada no último concerto que o cara fez) é simplesmente a melhor que conheço.
Fuçando na net, encontrei ISTO. Aparentemente, dentre muitos outros registros piratas, existe um CD duplo com gravações feitas durante o último show (horas antes do fatídico acidente de helicópetro) e traria inclusive uma foto dos destroços para os fãs mais mórbidos... ;(
Eu prefiro continuar ouvindo Riviera Paradise e a versão dele do clássico de Hendrix Little Wing (no CD The Sky is Crying).
O Sol se pôs...
Fim de semana infeliz...
Morreu também Sam Philips, disc joquei e produtor americano responsável pelas primeiras gravações de Elvis Presley mas também o descobridor de astros como Jerry Lee Lewis, todos membros do cast da Sun Records.
Dificilmente teria havido um "rei do rock" se não fosse por Sam Philips.
Quem assistiu ao filme "A Fera do Rock" (que título horrível...), a cine-biografia do Jerry Lee Lewis (estrelado por Dennis Quaid e Winona Rider) deve se lembrar do personagem de Sam Philips.
Valentina está orfã...

Infelizmente morreu no dia 1 de agosto o desenhista Guido Crepax, que entre outras coisas deu ao mundo a deliciosa Valentina.
Quem nunca teve suas fantasias com a moreninha esguia de cabelos chanel não teve uma adolescência nerd muito proveitosa.
Junto com a Barbarella e a Vampirella, a Valentina é um ícone das HQs "safadinhas" dos anos 60/70.
Dá uma olhada na gata