30 novembro 2004

Direto do "Túnel do Tempo"...




Agora responde aí, o que é pior:
a "roupinha" do ministro ou a "encaixada" do Bernard?

"Não fosse o gogó e os pés
A minha lente entrava na dela
No conto da mulher nota dez
Dá um close nela"


10 novembro 2004

Pré-Natal


São mais de 4 horas com alguns dos maiores guitarristas do mundo.

Disco Um:
"Cocaine," Eric Clapton
"Love in Vain Blues," Robert Lockwood Jr.
"Killing Floor," Clapton, Robert Cray, Hubert Sumlin and Jimmie Vaughan
"Sweet Home Chicago," Clapton, Cray, Buddy Guy, Sumlin and Vaughan
"Six Strings Down," Clapton, Cray, Robert Randolph and Vaughan
"Rock Me Baby," Clapton, Guy, B.B. King and Vaughan
"I Am a Man of Constant Sorrow," Dan Tyminski and Ron Block
"Road to Nash Vegas," Tyminski and Block
"Copperline," James Taylor with Jerry Douglas
"Steamroller," Taylor and Joe Walsh
"Oklahoma Borderline," Vince Gill and Douglas
"What the Cowgirls Do," Gill and Douglas
"After Midnight," J.J. Cale with Clapton
"Call Me the Breeze," Cale with Clapton
"March," Robert Randolph & the Family Band
"Green Light Girl," Doyle Bramhall II
"Incident at Neshabur," Carlos Santana
"Jingo," Santana with Clapton
"City Love," John Mayer
"Your Body Is a Wonderland," Mayer

Disco Dois:
"Rag Bihag," Vishwa Mohan Bhatt
"Tones for Elvin Jones," John McLaughlin
"Josie," Larry Carlton
"Question and Answer," Pat Metheny
"Going Down Slow," Honeyboy Edwards
"Time Makes Two," Robert Cray
"Give Me Up Again," Jonny Lang
"Neighborhood," David Hildago
"Whispering a Prayer," Steve Vai
"Desert Rose," Eric Johnson
"Funk 49," Joe Walsh
"Rocky Mountain Way," Walsh
"I Shot the Sheriff," Clapton
"Blues in C," Clapton
"Cause We've Ended as Lovers," Clapton and Jeff Beck
"La Grange," ZZ Top
"Tush," ZZ Top


Quer mais detalhes?
Que tal um gostinho?

25 outubro 2004

Da série "...minha vida é um sitcom"
Episódio de Hoje: O Parque dos Dinossauros




Sabadão de sol, nada como enfiar crianças, mulher e sogra no carro e partir em direção à Quinta da Boa Vista, para um piquenique com um casal de amigos.
Ah... comida, bate-bola com os meninos e um pouquinho de violão para relaxar e desestressar.
Tudo isso com direito a uma visita ao Museu Nacional e à exposição do Mastodonte brasileiro.

Em suma: um programa bem calmo, não fosse a minha vida um sitcom...

Lá pelas tantas, já cansados de tanto andar e ver todos aqueles esqueletos, múmias e bichos empalhados, sentamos novamente na grama para descansar do passeio.

Meu filho MENOR foi brincar com a amiguinha perto do rio onde uma garça fazia suas gracinhas. De repente, lá vem ele todo sorridente carregando alguma coisa em suas mãos:

MENOR - Papai, olha só o que eu achei!!
EU - O que foi meu filho, deixa eu ver...

Para minha surpresa (e nojo!), o MENOR coloca nas minhas mãos a cabeça já decomposta de um bicho morto, com os ossos do crânio e da mandíbula e todos aqueles dentinhos afiados à mostra. Se era gato, rato, cachorro ou gambá, não deu tempo para olhar...

EU - Que isso, MENOR???

MENOR - É um dinossauro, papai!!! Vamos levar ele pro museu?

Haja sabonete antisséptico...



22 outubro 2004

Cantando de Galo...




"É um hobby meu."
"O Brasil inteiro sabe."
"Ninguém tem nada a ver com isso."

Tá certo que o flagrante da PF foi claramente armado para atingir o Duda Mendonça e o PT, especialmente a poucos dias da eleição em SP.
Mas o marketeiro baiano bem que podia ter ficado quietinho no seu canto e poupado a gente de ouvir essas três frases, que são o retrato do que tem de mais cara-de-pau no Brasil.

Agora veja você se o fato de ter um "hobby conhecido" lá é desculpa para a contravenção?

Ah, se a moda pega...

...então o senhor assume que é o rei da prostituição infantil na amazônia?
"É um hobby meu."
"O Brasil inteiro sabe."
"Ninguém tem nada a ver com isso."

...Maluf, e os cinco bilhões no exterior? Você roubou mesmo?
"É um hobby meu."
"O Brasil inteiro sabe."
"Ninguém tem nada a ver com isso."

... Elias Maluco, você matou o Tim Lopes com aquela espada ninja?
"É um hobby meu."
"O Brasil inteiro sabe."
"Ninguém tem nada a ver com isso."


é gente... parece que temos finalmente um substituto nacional a altura para aquelas três frases imortais ensinadas por Homer Simpson a seu filho Bart e que, segundo ele, resolvem absolutamente TODOS os problemas:

"Não fui eu... já tava assim quando cheguei... e ... foi ele!"



08 outubro 2004

Dolphin 4 ever!


O "Mestre" Carlos Assale acaba de botar no ar um site dedicado às suas maravilhosas criações: as guitarras Dolphin.



O site está fantástico. Tem fotos de todos os modelos e fica bem claro ali toda a qualidade e o pioneirismo das Dolphin, tanto em design quanto nas ligações loucas de captadores e nas soluções encontradas para os problemas óbvios de se produzir instrumentos de qualidade no Brasil no final dos anos 80 (antes da "abertura" às importações)

Graças ao site, descobri que a minha Dolphin não é a 3020, como nós achávamos, mas parece ser uma GT 120X (que acabou usando o mesmo código do modelo 3020, que as lojas já conheciam, e daí a confusão).

Vejam aí uma foto dela nas mãos de um dos meus fiéis "roadies".



Aliás, que tal se o "Mestre" Carlos abrisse espaço no site para fotos das guitarras de outros dolphinmaníacos como eu?

Independente de qquer coisa, esse site resgata um capítulo importante da história da guitarra no Brasil, pois tenho certeza que o trabalho do Carlos Assale foi totalmente pioneiro, e gosto de acreditar que se hoje temos produtos decentes por aqui, pelo menos em parte, o caminho foi aberto pelas suas Dolphins.

Ainda me lembro quando vi a guitarra na loja e pensei: "caraca, essa marca importada eu não conhecia!" Era igualzinha a uma Ibanez, Jackson ou Kramer da vida, mas com um preço que eu podia pagar.

Lembro que gastei o salário INTEIRINHO do mês para comprá-la mas nunca me arrependi (naquela época morava com meus pais, sem mulher e filhos... dava pra fazer essas loucuras!)

E o susto quando um dos saddles da ponte quebrou ao meio quando fui trocar uma corda? Falta de jeito mesmo...

Felizmente, a loja mandou a guitarra pra SP e o pessoal da Dolphin trocou o saddle pra mim, sem custo. Se nunca agradeci, agradeço agora!

Velhos tempos, belos dias...

05 outubro 2004

SRV - 50 anos


No dia 03 de outubro, (um dia antes do meu aniversário!), Stevie Ray Vaughan teria completando 50 anos.

Ele nasceu em 1954, junto com a fender stratocaster, a guitarra que ajudou a tornar a sua música verdadeiramente imortal.
Em agosto de 1990, Stevie Ray Vaughan morreu num acidente de helicóptero, logo depois de tocar com Eric Clapton, Robert Cray e Buddy Guy.

Respeitosamente, este blog faz um minuto de silêncio e depois desce a mão!!!

30 setembro 2004

Da série "...minha vida é um sitcom"
Episódio de Hoje: Revelações na sala dos professores





Todo dia, eu saio do trabalho correndo para pegar os meninos na escola. Enquanto o MAIOR faz escolinha de Futsal (que nome horrível inventaram para o futebol de salão...), o MENOR fica esperando na sala dos professores, até eu chegar.

Mas o que será que ele fica fazendo enquanto espera? Pois bem...

Outro dia chego eu na sala dos professores (esbaforido como sempre!) e olho em volta, cumprimentando os quase 10 profesores e funcionários da escola estranhamente reunidos ali naquela hora da noite.

EU - Boa noite (ofegante). Tudo bem? (ofegante)
COORDENADORA - Olá, Pai, boa noite!
EU - Oi MENOR, vamos lá?
COORDENADORA - Eu estava aqui conversando com o MENOR e ele me disse que você ronca de noite, viu Pai?
EU - Ah, é?! (e eu pensando - "Que moleque fofoqueiro!!!") He, He, Que legal! (sorriso amarelo) Pois é, eu ronco um pouquinho de vez em quando, né?
MENOR - Um pouqinho não. VOCÊ RONCA MUITO ALTO E MUITO FORTE. Eu ouvi!!!
EU - Ah, você ouviu hoje, né? É que eu estou resfriado (cof-cof-cof!)
MENOR - Não, papai. Você ronca SEMPRE! Eu fico assustado...

Corta para: EU e o MENOR descendo as escadas...

EU - MENOR, você fala sempre essas coisas sobre o papai para as professoras?
MENOR - Falo.
EU - Mas não pode ficar falando que o papai ronca não, tá bom?
MENOR - Tá... Mas pode falar que você solta pum?

ENTRA vinheta musical e risadas...

13 setembro 2004


Da série "...minha vida é um sitcom"
Episódio de hoje: Sorriso Azul...



No meio da mudança, o carro carregado de caixas, coisas e pessoas resolveu enguiçar, claro. Alguém tinha alguma dúvida disso?
Bom, depois de mais de uma hora de espera, de diversas tentativas de fazer o carro pegar e de alguns telefonemas infrutíferos para o mecânico oficial, conseguimos a ajuda de uma amiga DELA, que morava perto de onde enguiçamos.
Ela (a amiga) conhecia uma oficina ali perto, deu uma carona e apresentou o mecânico, que me disse que não tinha como ir até o carro.
O carro teria que ir até ele....
Problema: o carro não ligava.
Solução, seguir em ponto morto, com o pisca alerta ligado e aproveitando que o caminho era só descida.
Depois de um cruzamento perigoso, uma favela ainda mais perigosa no meio do caminho e um sinal fechado, chegamos sãos e salvos (eu o carro e as coisas) à oficina.
Para relaxar, enquanto esperava para falar com o mecânico, fui beliscar alguma coisa. Afinal, eu espero melhor quando estou mastigando...
Meus filhos (o MENOR e o MAIOR), que vieram de carona com ELA e a amiga, devoravam um porcaritos qualquer e eu nem pestanejei, meti o maozão no saco (dos salgadinhos!) e enchi a boca, mastigando ruidosamente.
O mecânico chamou e lá fui eu explicar para ele em uns dez minutos tudo o que tinha acontecido.
Enquanto eu falava, fui ficando meio incomodado porque o homem não parava de olhar fixamente para a minha cara, para a minha boca. Pensei: "ué? Esse cara é surdo, burro ou maluco mesmo????"
Mas aguentei firme e expliquei tudinho pra ele.
Felizmente, o carro ficava pronto no mesmo dia (um sábado!), mas eu teria de esperar algumas horas ali na oficina, enquanto o resto da família iria para a casa da amiga d'ELA.
Na hora de dar a notícia, aproveitei para comer mais um montão daqueles salgadinhos deliciosos e péssimos para a saúde.
EU: Hmmmmm... muito bom esse negócio... é de queijo?
O MENOR: É, papai!
De repente, algo chamou a minha atenção: os dedos do MENOR estavam completamente AZUIS, assim como seus dentes e sua língua.
Assustado, olhei para o MAIOR, que acabava de morder mais alguns salgadinhos. Ele também tinha os dedos e os dentes totalmente azulados, como um quase-Fremen, ou como uma vítima daquelas pegadinhas com chiclete-de-casa-de-mágicas do meu tempo.
Imaginando como poderia estar A MINHA BOCA quando falei demoradamente com o mecânico (que me olhara fixamente, lembram?), peguei o saco dos salgadinhos e lá estava o aviso (tão óbvio quanto inútil a essa altura...):
"NOVO PORCARITOS - PINTA A LÍNGUA!!!"
É... vou ter que achar um outro mecânico.

24 agosto 2004

A Daiane errou, e eu também?



Novo texto no SoBReCarGa...


Por Luiz Eduardo Ricon — Terça, 24 de agosto de 2004

Eu xinguei a Daiane.

Não resisti.

Vai ver que sou presa fácil da mídia, ou fui na onda do Galvão Bueno, sei lá.

Eu acreditei de verdade no ouro de tolo olímpico e quando a Daiane pisou na bola, não houve duplo mortal carpado que segurasse o palavrão. Nem o meu e nem o dela. O palavrão de Daiane em Atenas, mesmo mudo, ecoou nos ouvidos e no peito de muita gente aqui no Brasil. E eu xinguei...

Ao meu redor, todo mundo me criticou. “Chegar na olimpíada já é muito”, “vai você fazer o que ela faz”, “você é o quinto melhor do mundo em alguma coisa?” e daí pra baixo.

Tá bom, desculpa...

Reconheço que devia ter tido a grandeza interior de tantos e tantos brasileiros, solidários e compreensivos, dando aquele tapinha nas costas e dizendo “bola pra frente, daqui a quatro anos você tenta de novo!”

Só que eu, brasileirinho que sou, queria mesmo era o lugar mais alto do pódio, a coroa de louros, a medalha de ouro. Eu queria mesmo era ver uma pretinha, dentucinha e bunduda, uma menina assim, bem brasileirinha, colorindo o mundo chato da ginástica olímpica.

Quer saber? Já estou farto de romenas, russas, eslovenas ou eslovacas branquelas, magrelas, atarracadas e acanhadas com seus primeiros lugares. E confesso: aquela pisada fora do tablado me tirou do sério.

Claro que "errar é humano", concordo.

Mas tem uma coisa: se você é o Ivo Pitanguy, por exemplo, o melhor cirurgião plástico do mundo e de repente "erra" numa cirurgia, seu cliente vai ficar com o nariz torto. E vai te processar, pode ter certeza.

Do mesmo modo, quando um atleta chega no nível da elite olímpica, não pode errar. Não pode ficar nervoso, passar mal, dar chilique, vomitar no banheiro. Para mim, faz parte da job description de atleta olímpico participar de competições importantes e estressantes, além de saber lidar com a mídia e até mesmo aturar o Galvão Bueno.

Na vitória e na derrota.

Desde a Grécia Antiga, no momento da competição, os atletas adquirem uma condição sobre-humana, viram os heróis que nos representam, que expiam e exorcizam os fantasmas de todos nós, meros mortais. É a tal da catarse, gente.

Logo, xingar a Daiane faz parte do meu direito de torcedor tanto quanto festejar a conquista do Penta no Japão. Afinal, eu não precisei entrar em campo e lançar aquela bola pro Ronaldo para ter o direito de encher a boca, gritar gol e beber um monte de cerveja depois do jogo.

Do mesmo modo que não sei dar duplo mortal carpado, mas me sinto no pleno direito de ficar puto da Daiane ter errado.

Se errar é humano, ficar puto também é. E somos todos humanos, eu, você e a Daiane.

Claro que os gregos já sabiam disso faz tempo...

Mas não tem nada não. “Daqui a quatro anos tem mais”, e “quinto lugar na olimpíada já é uma grande conquista”...

Ou não?

17 agosto 2004

SoBReCarreGado



Estou completamente sem tempo. Estou tão sem tempo que fui forçado a fechar minha conta no Orkut, de tanto tempo que eu perdia por lá tentando me conectar.
Isso explica em parte minha ausência.
Mas reclamaram comigo que eu não atualizava muito este blog - o que é verdade - e que me dedicava mais aos textos do SoBReCarGa - o que também é verdade.
Por isso, resolvi reproduzir aqui alguns dos textos da minha coluna Tempestade Cerebral, publicada por lá.

Vou incluir sempre no título um link para a coluna original, para quem quiser visitar o site.
Vamos lá!

Eu também não!
Por Luiz Eduardo Ricon — Sexta, 6 de agosto de 2004

Ainda nem vi o filme Eu, Robô mas uno-me aos colunistas aqui do SoBReCarGa: Asimov definitivamente não combina com Will Smith, nem com explosões, perseguições ou outros substantivos que soam como aumentativos. Aliás, se há algo que mereça aumentativo no texto e nas idéias de Isaac Asimov é exatamente isso: o texto e as idéias.

Porém, mesmo sem ter visto o filme, o que li sobre ele já me serviu para cristalizar uma sensação incômoda de anos e anos que finalmente foi tomando forma de pensamento, e de um pensamento um tanto quanto mórbido:

"A ficção científica no cinema morreu!" (posso até ouvir minhas palavras ecoando alguns segundos no auditório lotado)

Bom, deixando de lado o óbvio sensacionalismo apocalíptico dessa frase, que gerou uma discussão enorme no carro ontem à noite, vou tentar explicar meu ponto de vista:

Do jeito que se faz cinema hoje em dia em Hollywood, é praticamente impossível adaptar-se a contento um obra clássica de ficção científica, ou mesmo gerar-se um roteiro que seja realmente digno de ser classificado como uma obra de FC.

Não, não acho que Matrix se encaixe nessa categoria. Tá certo, é um ótimo filme, revolucionário em termos de efeitos especiais, mas como história de ficção científica é até bem rasteirinho e cheio de furos demais. E acreditem, vocês não vão querer que eu fale sobre isso...

Para que vocês entendam do que estou falando, vou dar um exemplo. Sabem qual foi (para mim, viu?) o último filme de ficção científica de Hollywood que realmente merece este rótulo: Gattaca - A Experiência Genética. Um filme menor, de orçamento que não era estratosférico e de sucesso igualmente modesto. Um filme de FC no melhor estilo que era seguido pelos hoje considerados "clássicos" do gênero, nos anos 60 e 70.

Filmes como Farenheit 451, por exemplo, que aliavam excelentes roteiros, direção, atuações e, acima de tudo, traziam reflexão, contestação, questionamento.

Afinal, é para isso que serve a (boa) ficção científica.

A literatura de ficção científica é um gênero especulativo, uma forma de expressão das angústias, dos dilemas e das grandes questões sociais e humanas que se colocam diante do mundo a partir do surgimento das novas tecnologias, do avanço da "ciência" e das consequentes mudanças na sociedade.

E isso não tem nada que ver com explosões, perseguições, efeitos especiais ou qualquer outra pirotecnia cinematográfica.

Vamos ser mais específicos: pegue um autor de ficção científica badalado como Philip K. Dick, por exemplo. Suas obras são constantemente adaptadas para o cinema, certo? Ok, algumas delas com orçamento, elenco e diretores milionários, outras com o Ben Afleck...

Mas não importa. Todas falham igualmente em captar a essência do que levava Philip K. Dick a escrever o que escrevia: a ambiguidade social, o dilema entre o real e o ilusório, a fraqueza e a torpeza humanas. Tudo isso desaparece em meio a uma avalanche de efeitos de computador, pulos, tiros, meneios, sorrisos ou músculos do galã da vez. São filmes bons? Às vezes. Representam obras de ficção científca de qualidade? Dificilmente...

Deixando o Ben Afleck de lado (senão é covardia!) vejamos o exemplo de Minority Report - A nova Lei, com Tom Cruise e Spielberg, o último arrasa-quarteirão inspirado num autor clássico de FC (só para fazer um paralelo com o atual Eu, Robô).

Você gostou do filme? Eu também.

Mas com certeza quem já leu uma linha sequer de Philip K. Dick sabe que, ainda que o esqueleto da história, com suas reviravoltas e revelações esteja ali, ainda fica faltando alguma coisa, que vem a ser justamente a "essência" do que K. Dick queria dizer. Coisa que não acontece, por exemplo, com Blade Runner, o caçador de andróides, de 1982 (talvez o último verdadeiro clássico de FC no cinema).

Nesse caso, o que faltou no Spielberg sobrou em Riddley Scott: respeito!

Blade Runner pega uma história de Dan O'Bannon, leve e livremente inspirada num romance de Philip K. Dick e consegue ser mais fiel do que se tivesse sido literal. Já Minority Report pega emprestada a griffe Philip K. Dick (criada por Blade Runner) para agregar algum valor e conteúdo a um mero exercício estilístico e estiloso de Cruise e Spielberg.

Há um axioma conhecido em Hollywood que diz que quando acabam as idéias do roteiro infalivelmente começa uma perseguição de carro. Pois bem, Spielberg inovou e resolveu interromper uma perseguição só para enxertar um comercial de carro (a cena da luta na linha de montagem do Lexus, lembra?). Enquanto isso, a história (e Philip K. Dick) que espere o cheque do patrocinador compensar...

É por isso que eu sustento que hoje, com os orçamentos, efeitos especiais e músculos, lábios, seios e glúteos artificialmente inchados, não dá mais para se fazer um bom filme de ficção científica. Pelo menos não no esquema cinema-pipoca-refrigerante.

Estou falando de um filme que provoque a platéia, que não seja óbvio, que gere conversa e não apenas comentários, que faça pensar e não apenas gastar. Isso, meus amigos, não se encaixa mais no grande esquema das coisas que governa a máquina de Hollywood.

É por causa dessas exigências do cinemão que (no meu entender) a ficção científica no cinema morreu. Pelo menos até que ressuscite nos filmes independentes, de baixo orçamento, oriundos dos circuitos de arte, universitários ou dos fan-films.

Porque se depender dos astros e estrelas de Hollywood, o espaço entre as orelhas do espectador vai continuar sendo a fronteira final, um buraco negro inatingível para os tiros, explosões e músculos em cartaz nos multiplexos.

Quanto ao Eu, Robô? É... eu também não.

06 agosto 2004

Blues in the Attic



A Casa do Alto ainda por cima (por cima mesmo!) tem um sótão enorme, transformado num loft, onde montei meu equipamento e faço um barulho de noite.
Olha umas fotos...

Alto das boas fotos



Um casal de amigos viajou para a Baviera (ela é de lá...) e deixou a casa deles no Alto da Boa Vista para que a gente passasse as férias de julho. Friozinho, lareira, meias de lã e a entrada da Floresta da Tijuca do outro lado da rua... precisa mais?
Saca só...




E olha que as fotos não mostram tudo, viu

26 julho 2004

O Curupira ganha mais uma!!!





O Curupira acaba de ganhar o primeiro lugar na versão São Paulo do festival Anima Mundi.

O filme foi premiado como a MELHOR ANIMAÇÃO BRASILEIRA, segundo o júri paulista.

Maravilha!!!!!

20 julho 2004

Curupire o seu Desktop!


Clique abaixo para baixar uns wallpapers exclusivos do filme O Curupira, um mimo aqui deste blog em comemoração ao prêmio conquistado no Anima Mundi.

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Mais um prêmio para o Curupira



O curta O Curupira acaba de ser premiado no Festival Anima Mundi no Rio. O filme, o primeiro episódio da série Juro Que Vi, desenvolvida por animadores e educadores em colaboração com um grupo de crianças de uma escola municipal do Rio de Janeiro, conquistou o terceiro lugar na categoria MELHOR ANIMAÇÃO BRASILEIRA. Confira aqui os resultados

14 julho 2004

COMPROVADO! O de bêbado realmente não tem dono



Leia e chore... de rir!


CUIDADO: Pitu dá dor no...

Juntando os mouses





Dois dos blogs preferidos desta casa acabam de se casar.
O Cris Dias e a Anna Maron apesar de blogarem em endereços diferentes na rede agora dividem a rede (e o Virtua) no mesmo endereço.

Se você quiser fazer mais do que dar os parabéns e resolver participar do chá de panela, basta ir na Casa&Vídeo e presentear o casal.

E não precisa nem sair do lugar. Ó. É tudo virtual...

Mó modernidade, véio...

13 maio 2004

Parece que bebe...



Era assim que minha avó reagia quando alguém tinha uma atitude que unisse o surpreendente ao incompreensível.

"Você vai sair nessa chuva? Parece que bebe..."
"Vai chegar atrasado de novo? Parece que bebe..."
"Ele falou isso mesmo? Parece que bebe..."

Vendo a patuscada que o governo conseguiu armar em cima da fajutinha reportagem do NYT sobre as "bebedeiras" do Lula, lembrei da minha avó.

Eu hein, esse pessoal até parece que bebe...

Diz aí, Zeca! depois falam de ti...


Olha só o que comprei!



Interrompemos nossa programação normal para um informe em edição guitarrística extraordinária!!!

Cometi uma loucura e comprei um Roland JC-120, ou Jazz Chorus para os íntimos. É mais ou menos como uma Ferrari dos amplificadores. Um novo custa mais de 4.000 reais. Eu paguei beeeeem menos, claro.

Fiz o primeiro test-drive com o meu ontem (o teste antes de comprar
não conta, né?), depois de limpar e dedetizar o bicho (ele estava
guardado num galpão meio asqueroso em Campo Grande).

Percebi que ele estava mais sujo do que qualquer outra coisa.

Agora estou tentando recuperar o brilho do curvim (o revestimento
externo) e dar uma geral nele

Ah, sim, o SOM...

O Jazz chorus é o mais próximo que se pode chegar de um
som "celestial".

É claro e límpido como a água das montanhas, encorpado como um bom
vinho tinto e com aquele peso nos graves que dá personalidade ao seu
timbre.

ele tem dois canais, um limpo (que usei para voz) e um com efeitos.
cada um deles tem duas entradas (high e low), que imagino sejam para
alta e baixa impedância. Estou sem o manual. Atrás dele tem uma penca
de conexões de footswitches (3), loop de efeitos, saída pra mesa etc.

Tem tb uma chavinha para dar "brilho" em cada canal e os botões de
volume, agudos, médios e graves no primeiro canal e o segundo tem tb
distorção (liga-desliga e volume num só botão), rate e depth (da
modulção) e uma chavinha de 3 posições (Chorus - OFF - Vibrato).

Ele tem 2 falantes de 12 com a marca Roland e com os cones prateados
(que aparecem por detrás da grade) e que dão a "cara" do Jazz Chorus.

Testei com minha Tagima strato c/ sigles fender vintage noiseless (essa vermelhinha na coluna ao lado),
por horas e horas e horas, com diversos settings e estilos musicais,
indo do pop ao blues, do rock à MPB. E ele responde muito bem, dentro
das sua capacidades, claro.

Imagino que com humbuckings o som deva ser beeem diferente, o mesmo
vale para semi-acústicas, que devem reinar nesse amplificador.

O que me impressionou mais foi que, tocando Eric Clapton, soava como
Eric clapton. Tocando Robert Cray, soava como Robert Cray. Tocando
Pink Floyd soava como Pink Floyd... claro, esse é um amp
profissional, usado em gravações e shows por meio-mundo. O som que
ouço nos discos (guardadas as devidas proporções) se aproxima muito
do que sai desse amp.

Claro que eu nunca tinha tocado num amp dessa qualidade.

Mas... tem sempre um mas...

Esse amp não é para rock pesado. Por mais que se aumente o volume e a
distorção o bicho não distorce NADA (claro! Ele é feito pra não
distorcer!!!!)

Os pedais entram aí, claro.

O Chorus é fixo, não dá pra modificar os settings (novamente pedais,
please!)

O Vibrato (que altera o pitch e não o volume) é na verdade uma
variação da modulação do chorus, e é regulável. Na minha opinião é o
melhor efeito do amp. Dá uma maciez e um "ondular" sussurrante às
notas. Encantador e doce.

A distorção dá uma leve saturação e peso nas notas e acordes,
chegando perto de um overdrive bem suave quando tá no talo.

Ah, o Reverb. Esse é muito bom tb. E o melhor, não é daqueles reverbs
escandalosos. É bem "na dele", está lá mas não aparece.

Olha, se você procura som limpo ou não precisa que o amp resolva os
efeitos (usa pedais) e se aparecer um louco vendendo baratinho,
compra, compra logo!

vou botar fotos dele por aqui em breve.

06 maio 2004

Juro que Vi o Curupira Premiado!





O Curupira, o primeiro episódio da série Juro Que Vi, produzido pela Multirio com a colaboração de crianças de uma escola municipal do Rio de Janeiro ganhou dois prêmios no Festival de Cinema do Recife, um dos mais importantes e populares do Brasil.

Concorrendo na categoria de Animação, o Curupira levou para casa os prêmios de Melhor Filme e Melhor Direção (Humberto Avellar).

Como faço parte do núcleo de desenvolvimento do projeto e atuo também como consultor e roteirista da série, estou muito orgulhoso com o resultado.

Além disso, outro programa do qual participo, o Expedições Cariocas recebeu Menção Honrosa em Educação Ambiental no 3 º EcoCine - Festival Nacional de Cinema e Vídeo Ambiental, realizado em São Sebastião, SP. Olha a marquinha do festival aí embaixo:



Maravilha!

Ah, eu queria agradecer ao meu produtor, ao meu agente, à moça do cafezinho, ao tiozinho do elevador...

17 abril 2004

Rosinha NUNCA MAIS!



Esta mensagem - um desabafo de Silvio Reis, pacato professor e cidadão de bem - foi publicada na coluna da Cora Rónai nO Globo, dia 15/04/04. Segundo a colunista, foi enviada no sábado à tarde, para a governadora. Até a noite de terça-feira, sua assessoria sequer acusara recebimento.

“Prezada Governadora,

Eu não acredito que a senhora ou o seu marido sejam capazes de enfrentar o problema da segurança pública no Rio de Janeiro. Não digo resolver, afinal são muitos anos de descaso de governos anteriores (como o do padrinho político do seu marido, o sr. Leonel Brizola), digo enfrentar, mostrar trabalho.

Até o momento o seu marido só se apresenta para patetices como a do caso Staheli e agora, na Semana Santa, o que vemos? Uma guerra entre os narcotraficantes que simplesmente ignoraram a polícia, e a senhora e o seu marido estavam de folga em Angra dos Reis e mandaram dizer pela assessoria de imprensa que não iriam falar por estar de férias. O Rio explodindo, a imprensa só falou da Rocinha, mas na Tijuca se ouviram tiros durante toda a noite também, e a senhora e o seu marido de férias.

É inadmissível este desrespeito que a senhora e o seu marido têm pelo Rio de Janeiro. É insuportável, é irritante, é absurdo, é angustiante enfrentar esse seu despreparo e o do seu marido, é angustiante tê-los como governadores do Rio.

Todas as noites espero angustiado a minha mulher voltar do trabalho, corro angustiado para casa para acalmá-la, e só vejo meu sofrimento aumentar.

Estou cansado da sua cara de deboche e da cara de falsidade do seu marido. Estou cansado de vocês. E nunca pensei que fosse capaz de fazer algo em relação a isso mas eu vou fazer o que todos devem fazer: lutar politicamente para expulsá-los da vida política para sempre. Quero o casal Garotinho longe do meu Rio de Janeiro, quero vocês longe daqui e vou fazer isso pelo meu voto e pelo voto de milhares de pessoas que como eu estão indignadas com essa situação vergonhosa. Eu vou lutar politicamente pelo enterro político do casal Garotinho!

Sumam da nossa vida.

Não quero saber o que vocês vão fazer, não quero saber do seu cabelo, da sua igreja, só que vocês não ocupem nunca mais nenhum cargo público.

BASTA!!!

E espero encontrar apoio em qualquer lugar, não me interessa saber de quem é o apoio, aceito apoio do diabo para tirá-los da vida pública da minha Cidade Maravilhosa. Só temo que ele já seja aliado do casal Garotinho. Os eventos da Sexta-feira Santa me deixaram atônito com o despreparo e com o perigo real de guerrilha urbana entre os grupos narcoterroristas.

ADEUS!”

07 abril 2004

Mussum Forévis!!!!





Minha singela homenagem* a esses 10 anos sem o Mussum.
Agradecimentos especiais ao Fabio Fernandes pela dica e a galera do Orkut pelas gargalhadas!

*experimente escrever "didi toma no ..."

Faces da Morte





Imagem construída com retratos dos soldados americanos mortos na guerra do Iraque. Quem fez foi esse cara, mas eu conheci (e linkei) no blog do Maron.

Não dá para fazer o mesmo com os mais de 10 mil* civis iraquianos mortos porque ninguém se preocupou em mostrar seus rostos.

(*)estimativa da Anistia Internacional

02 abril 2004

Deus e o Diabo na terra do Blues





Saiu o novo disco do eterno "Deus" da guitarra. Um tributo a Robert Johnson, que muitos dizem que fez um pacto com o diabo numa encruzilhada da vida.

Você pode ouvir umas amostras grátis:

"When You Got A Good Friend"

"Come On In My Kitchen"

"If I Had Possession Over Judgement Day"

Mas depois aproveita e compra o disco, vai...

Se quiser ler sobre isso, recomendo a coluna do Nix, estreando no SoBReCarGa...

Apesar de eu rezar mais pelo evangelho do SRV e do Robert Cray, Eric Clapton foi meu primeiro grande profeta da guitarra. E até hoje acendo uma velinha pra mr. slowhand sempre que posso...



Da série "...minha vida é um sitcom"





CENA 01 - INT/DIA - ônibus lotado
Eu no ônibus, David pequenininho no meu colo, sendo levado pra escola. O ônibus lotado, daqueles "elétricos caquéticos" de SP, sabe?

DAVID (apontando para a mulher BEM NA MINHA FRENTE)
Papai, moça FEIA!

EU (tentando disfarçar)
Onde, Dadá, lá fora? Na RUA?????

DAVID (virando minha cara e apontando para cara da mocoronga)
Não, papai... moça feia... MOÇA FEEEEEEEIA!!!!!!

corta para
EU descendo do ônibus três pontos (e duas ladeiras) antes do lugar certo.

EU
@#$#$#$@#@@@@@!!!!




INT/DIA - ônibus
EU e ELA no ônibus (caramba, como acontece coisa estranha comigo em ônibus...). O tempo todo, um CARA (Que eu NUNCA vi antes) lá da frente fica olhando sistematicamente para mim e para ELA. Quando o encaro ele vira para frente e dá um sorrisinho.

EU (pensando)
ihhhh, o cara tá me dando mole ou tá azarando ELA...

Corta para
EXT/DIA - calçada lotada de gente, ônibus parado

EU e ELA descendo do ônibus. O CARA vem atrás...

CARA
Vc não é o Dudu? (meu apelido, o que implica que ele me CONHECE)

EU (surpreso)
s-s-s-sou...

CARA
pois é. Eu te conheço da FITA...

ELA me olha desconfiada

EU (pensando)
Que fita, meu Deus? FITA?!! E eu sou lá de aparecer em fita por aí? What porris that????

CARA
Eu fui namorado da fulana

EU (pensando)
cala a boca desgraçado... vc vai me arranjar um divóricio assim. Que fulana, mermão? Tô f...

ELA (com as mãos na cintura)
LUIZ EDUARDO, vamos indo?

EU (pensando)
LUIZ EDUARDO... nome completo ... fu-deu!

EU para o cara
Ahhh, claro, claro, legal. OK, bom saber, valeu... olha, tô atrasado.

CARA
A fulana não vai acreditar quando eu disser que te encontrei

EU (pensando)
Quem não acredita sou EU!!! CALAABOCA, rapá!!! Vc não tem nada pra fazer não, tipo se MATAR????

EU
legal. Bom, é isso aí, valeu. TCHAU!!!

EU pego ELA pelo cotovelo (gelado!) e atravessamos a rua.

corta para

INT/DIA - mesa de restaurante
EU e ELA sentados. Ela com um bico desse tamanho.

EU
Mas eu já disse que não SEI quem é fulana, pomarolas...

ELA
sei... sei... mas ele te conhece... DA FITA!!!!

EU (pensando)
Que fita, meu Deus...

o ângulo muda para visão de cima da mesa. EU olho para cima, como na cena do Kirk gritando (como no "Jornada nas Estrelas 2 - A Ira de Khan")

EU
QUE FIIIIIIIIITAAAAAAAA???????

a palavra ecoa...


26 março 2004

Rio 43º



Olha só, o Rio de Janeiro está situado a 43 graus e dezessete minutos em relação ao meridiano de Greenwich. Você... sabia? tic...tac... tic...tac...

Agradeçam à minha amiga Nicole e ao fotolog dela, diretamente de Londres, por esse momento rádio relógio (mas que eu ainda vou usar para alguma coisa, acreditem!)

Bom, já serviria pelo menos para uma refilmagem do clássico do Nelson Pereira dos Santos ou para uma regravação da música da Fernanda Abreu.

"Refrigeração Cascadura: Padre Telêmaco 35 a 39..."

24 março 2004

Geração $





Eu li isso no CrisDias e acho que todo mundo devia ler.

Tirando um certo tom sensacionalista e moralista do repórter (nada demais, o cara tem que "vender" a notícia), essa é mais uma prova do quão perdidos andam os jovens.

Seja miserável ou milionário, estão todos sem perspectiva.

Cadê os planos, os sonhos, as utopias?

A solução para isso passa pela Educação? Mas qual Educação? Ah, aí é assunto pra gente discutir no mestrado...

23 março 2004

"Assassinato Seletivo"


Vivemos num mundo "entre aspas".

Dos "Bombardeios cirúrgicos" aos "assassinatos seletivos", os que se vendem para o mundo todo como "mocinhos" ou "ameaçados" pelo "terror" contróem muros que exumam o apartheid e disparam tiros de tanque de guerra ou mísseis de helicópteros contra pessoas.

Sem contar que vivem num estranho "regime jurídico" onde é permitido punir uma pessoa pelo crime de outra (no caso, derrubar a casa da família dos acusados de atos de terrorismo) ou agora mais aberrantemente, assassinar a sangue frio um líder da facção rival ou do estado vizinho.

Imaginem se o Lula se desentende com o Kirschner (da Argentina) e manda um helicóptero jogar um míssil nos cornos do portenho... não te parece loucura?

Ok, ok, eu não vivo num país onde neguinho explode em supermercados matando um monte de gente, claro. Mas me parece que o que nos torna humanos é o instinto de abolir e condenar a barbárie e não de abraçá-la, competindo para ver no final quem é mais bárbaro e sanguinário.

"Assassinato seletivo"... tá bom, mas não mataram mais 6 ou 7 pessoas além do velhinho paraplégico e cego? então não foi tão "seletivo" assim né não?

Ah, e em tempo: seletivo ou não, assassinato ainda é crime, pelo menos na minha terra...

Claro que o velhinho não era nenhum santo. Infelizmente, nesse filme não tem mocinho, só bandido. E da pior espécie...

Cansei, vou ler a página de esportes pra ver se o Flamengo já conseguiu contratar o Rivaldo...

O Retorno do Morcegão





Você que (assim como eu) é fã do Cruzado Embuçado, dá uma olhada nessas imagens da próxima série de desenhos animados The Batman, que estréia na TV americana no outono (deles!).

Mas não se anima muito não... parece que o desenho é mais "infantil" do que parece.

Se você curte action figures (eu sei que curte, não precisa mentir...) dá uma olhada aqui

E enquanto isso, o site do novo filme do Batman, Batman Begins (que eu traduziria como Batman: O Início) já está sendo preparado para entrar no ar. Mais detalhes no SoBReCarGa

Aliás, tem mais notícias sobre a série no SoBReCarGa

15 março 2004

Música para as massas!





Atenção amigo ouvinte, minhas gravações caseiras arrumaram um lugar para morar:
www.ricon.palcomp3.com.br

Mas como é casa modesta, só cabem 4 musicas de cada vez...

02 março 2004

Voltei a ser filho da PUC...





Comecei o mestrado ontem.

Tive minha primeira aula de psicologia e educação, onde vamos estudar as Representações Sociais (calma, até abril eu descubro o que diabos é isso e explico procês...)

Foi ótimo voltar à PUC, mas olha, passar pelos Pilotis e ver a molecada largada por lá, me deu um reality check legal. Me senti velho, mas no bom sentido (se é que existe...).

Olhava as carinhas dos meninos e meninas recém-saídos das fraldas do segundo grau opss... Ensino Médio , todos meio inseguros ainda, andando de um lado pro outro com pastinha e papeizinhos nas mãos, meio perdidos e senti na pele cada um desses 12 anos que se passaram desde que me formei.

Claro que deu vontade de voltar no tempo, até porque, para falar a verdade, não aproveitei nada o meu tempo de faculdade. Shame on me, Mr Moore...
Comecei a estagiar no terceiro período, antes de me formar já tinha aberto uma agência de propaganda com uns amigos de curso e faltou tempo (e temperamento, vamos ser sinceros) para cair na farra como, obviamente, muitos colegas faziam.

Mas hey, water under the bridge, baby...

Tudo bem. Nas palavras do imortal Schwarzie: "I'm Back!"