07 agosto 2003

Procura-se um Vilão...
O Brasil perdeu ontem o jornalista Roberto Marinho.
Figura polêmica sobre quem se contava as piores e as melhores histórias, o "dono da Globo" era acima de tudo alguém que, mesmo sem aparecer muito, jamais conseguia ser ignorado.
A história recente (ok, não tão recente assim, vai...) do Brasil deve muito ao jornalista Roberto Marinho. A Globo sempre foi acusada de atuar acima de tudo (e de todos) como porta-voz do regime (qquer que fosse o regime). Na época da ditadura militar, mais tarde durante a "abertura", nos governos Sarney, Collor, FHC e agora no governo Lula-lá, o jornalismo da Globo sempre teve aquele jeitão de órgão de imprensa oficial.
Roberto Marinho era um playboy, jovem que andava em más-companhias e gostava de velocidade e esportes. Mas o pai morreu deixando-lhe um jornal para dirigir.
De um jornaleco diário meia-boca (como era O Globo em sua origem), o rapaz erigiu um império da mídia com a importância e o poder dos grandes conglomerados americanos e europeus (Warner, Fox, BBC...) Um feito impressionante mas uma história repleta de pontos nebulosos, polêmicos, condenãveis até.
Dizem que a Globo vai mal das pernas, que a TV a cabo vai acabar acabando com a Globo (perdoem o "eco").
De repente, daqui a alguns anos, o jornalista Roberto Marinho vai ser apenas um nome no passado, como o Chatô ou o Samuel Wainer.
Aí, quem sabe, alguém resolve fazer um livro contando as verdadeiras histórias por trás do personagem boa-praça que ele interpretava.
É muito estranho imaginar o Brasil sem o vilão preferido de 10 entre 10 pessoas "mais esclarecidas" do país. A quem vão culpar agora? Quem vai ser a partir de hoje a mão invisível a puxar as cordas dos titeres do poder? Seus filhos??? Difícil acreditar.
O Brasil precisa de um novo vilão, urgente!!!!!

Nenhum comentário: